Capela de Nossa
Senhora da Cadeirinha
Existiu
no sítio do Aviceiro, freguesia da Quinta Grande uma capela com a
invocação de Nossa Senhora da Cadeirinha, num local que também
passou a ser conhecido popularmente por sítio da Cadeirinha e cuja
existência é, ainda hoje, atestada não só pela tradição
popular, como até pelo registo do Cadastral. A este propósito, em
1932, o padre Augusto Prazeres dos Santos, pároco da Quinta Grande,
num artigo publicado na imprensa, ao focar os sítios desta
freguesia refere-se ao sítio do Aviceiro, como sendo também
igualmente conhecido como da Cadeirinha, denominação associada à
presença desta capela neste sítio [1].
De
acordo com o alvará de autorização da sua erecção, passado por
D. Frei Manuel Coutinho, a 18 de Setembro de 1737, foi esta capela
mandada edificar por Francisco Sandy de Baena Henriques, residente
no Funchal, na sua Quinta
dos Remédios, situada na freguesia de Câmara de Lobos, sendo
dotada de um sino e com um dote ordinário, como constava na
escritura que apresentara, feita nas notas do Tabelião André de
Sousa, da cidade do Funchal aos 16 dias de Setembro de 1737 [2].
Relativamente
à sua localização na freguesia de Câmara de Lobos, referida no
alvará de erecção, deverá ter-se em atenção que, nesta altura
o sítio do Aviceiro, onde a capela haveria de ser construída,
pertencia a Câmara de Lobos e não ao Campanário, freguesia de que
fazia parte a Quinta Grande. Só a quando da criação da freguesia
da Quinta Grande, verificada a 24 de Julho de 1848 e constituída
com base na desanexação de alguns sítios do Campanário e de Câmara
de Lobos é que o Aviceiro passa efectivamente a pertencer a esta
freguesia.
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