Silva,
Padre Manuel Carlos
O padre Manuel Carlos da Silva
era natural da freguesia da Ponta Delgada, onde nasceu ao sítio dos
Lameiros, a 4 de Novembro de 1904
[i].
Era filho de Manuel Laurentino da Silva e de Maria da Encarnação.
Cursou no seminário Diocesano de 1926 a 1937. Ordenou-se Presbítero
a 18 de Setembro de 1937 e celebrou a sua primeira missa, a 19 de
Setembro de 1937, na freguesia da Ponta Delgada.
No dia 2 de Outubro de 1937 é
nomeado Cura de Santo António, onde fez um grande trabalho de apoio
aos centros de catequese.
Em 31 de Dezembro de 1945 foi
nomeado 2º Cura de Câmara de Lobos e Capelão do Mosteiro de Nossa
Senhora da Piedade na Caldeira, freguesia de Câmara de Lobos.
A 8 de Junho de 1951 assumiu a
responsabilidade pela paróquia do Arco de São Jorge. No dia 3 de
Junho de 1957 é nomeado Cura do Estreito de Câmara de Lobos. No dia
31 de Dezembro de 1960 é nomeado pároco da recém criada paróquia de
Nossa Senhora da Encarnação, na freguesia do Estreito de Câmara de
Lobos, sendo ele, por esse facto, o seu primeiro pároco e aquele que
dá início à construção da respectiva igreja paroquial, e donde,
por motivos de saúde foi
substituído, em finais de 1978, princípios de 1979.
Faleceu a 17 de Novembro de 1983,
na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, onde vivia ao sítio da
Quinta de Santo António
[ii].
Na sua sessão de 18 de Maio de
1995, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos delibera atribuir o nome
do padre Manuel Carlos da Silva ao arruamento de acesso à igreja na
sua extensão entre esta e a rua António Prócoro de Macedo Júnior.
Ainda que, na acta de atribuição do
nome do padre Manuel Carlos da Silva a este arruamento, nada conste
sobre os motivos que levaram os responsáveis camarários a tal decisão,
será de referir que foi ele quem liderou todo o processo de
edificação da igreja paroquial de Nossa Senhora da Encarnação, obra
que contrariamente às que os políticos realizam, não se faz recorrendo
aos cofres do estado ou retirando verbas desta ou aquela rubrica
orçamental, mas com grande sacrifício e com grande esforço no sentido
da angariação de meios e mão-de-obra voluntária junto da população,
muitas das vezes, também carenciada.
Tal como acontece com alguns
párocos que lutam mais pelo bem estar da população das suas
paróquias, do que muitos dos profissionais da política, o padre
Manuel Carlos da Silva, também não deixou por mãos alheias os
interesses dos seus paroquianos e para além da sua persistência junto
das autoridades camarárias no sentido do alagamento da estrada de
acesso à sua igreja, obra que infelizmente não chegou a ver realizada,
é digno salientar o conteúdo de uma exposição por si subscrita e
presente, em Setembro de 1970, numa das sessões da CMCL.
[i]
Data de nascimento correspondente à existente na Conservatória do
Registo Civil de São Vicente e no Bilhete de Identidade.
[ii]
Jornal da Madeira, 18 de Novembro de 1983.
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