Os ritual que envolvem
os cuidados com os defuntos, variam de civilização para civilização,
de acordo com a respectiva cultura e em cada uma delas também com
o evoluir dos tempos.
Em 1929, O Diário
da Madeira, num artigo do seu correspondente na freguesia do Estreito depois
de destacar o grande número de crianças que na altura estavam
a morrer salientava que é hábito desta gente reunirem
pessoas conhecidas, em festa, por ocasião do decesso, pela noite
adiante, que geralmente se faziam acompanhar de crianças sadias,
para assim festejarem o acesso ao céu .
Relativamente aos funerais
de crianças falecidas, o Diário da Madeira de 5 de Setembro
de 1929 diz-nos que é prática tradicionalmente seguida e
generalizada a todas as freguesias da Madeira, os féretros de crianças
mortas serem levadas às mãos por outros menores, muitas vezes
em longas caminhadas e sem que as singelas urnas que guardam os cadáveres
sejam devidamente cerradas senão após a chegada ao cemitério,
aonde é pregada definitivamente a tampa do caixão.